5 de setembro de 2017

sapatinho fit... ou talvez não # 81

Na realidade, ontem, acabou por ser o meu VERDADEIRO dia no ginásio.
O primeiro  dia mesmo a sério, em que me esforcei até ao limite, até não poder mais.
Para já, decidi ir ao Fitness Hut com as galinhas, lá para as oito da manhã.
Como devem imaginar, ia super determinada e com vontade de soar até ficar com um corpaço entre o da Gisele BÜndchen e o da Sara Sampaio, mais coisa, menos coisa.
Mal cheguei à zona das máquinas, parei.
Fiquei indecisa entre a passadeira e a elítica, o que é compreensível, pois toda a gente sabe que a elítica não é para bebés.
É para gente que sabe o que faz.
Claramente que não era para mim, mas fui teimosa à mesma.
Escolhi a elítica, pois achei que ia fazer milagres e que ia ficar com uns glúteos de aço apenas na primeira utilização.
Sou assim, um ser inocente e crente.
Logo ali, a coisa não correu assim tãoooo bem.
Lembrei-me de pegar no telemóvel para ouvir música, mas esqueci-me de ligar os headphones e a música berrou a plenos pulmões pelo ginásio fora, estão a ver?
Foi constrangedor, pois ficou toda a gente a olhar para mim.
Fiquei atrapalhadinha de todo, confesso, até porque nem sequer era música própria para ginásio.
Passo a explicar.
Era Ana Moura.
Sim, Ana Moura.
E já toda a gente ali devia pensar que eu era completamente alucinada.
Mas... vejamos pelo lado positivo.
A música a seguir era "Que sa foda", de Deejay Télio.
Do mal o menos, pensei.
Livrei-me de boa!
Consegui pôr os headphones mesmo a tempo e lá me enfiei na bendita elítica.
Enfiei-me, sim, mas não sabia sequer no que me estava a meter.
Primeiro, comecei a pedalar lentamente na máquina e as luzes do visor começaram a piscar.
Como não conseguia ver o timing nem nada e queria cronometrar a pedalada, se é que me percebem, chamei o instrutor, que lá me ajudou, mas que percebeu facilmente, como dois mais dois serem quatro, que já tinha mexido em demasiados botões e que aquilo não estava assim lá muito famoso.
Às páginas tantas, depois de muita luta, a elítica começou a funcionar e foi uma vergonha.
Foi uma vergonha, pois tinha de pedalar para a frente e, pelos vistos, estava a pedalar... para trás.
Meus deus!!
Poderá haver algo mais ridículo do que pedalar para trás numa elítica????
Não, claro que não.
Era uma pergunta de retórica, claro.
Escusam de responder.
Com calma e muita vergonha na cara, lá me pus a pedalar para a frente, como as pessoas normais.
Claro que o homem percebeu logo que eu não dava uma para a caixa e que aquilo, para mim, era chinês, mas adiante.
Pedalei horrores.
Tinha caminhado um minuto e vinte e sete segundos inteirinhos e já estava toda arreada.
Consegui perfazer dez minutos, não sei como, mas consegui, e saí de lá a escorrer.
Terminei o meu treino em cinquenta minutos.
Dei o meu máximo.
Uma coisa curiosa no meu corpo e que pouca gente sabe é que não sinto dores musculares depois de fazer exercício físico.
É a mais pura das verdades.
Na realidade, sou assim desde que me conheço.
Esforço-me.
Suo e tal.
E nada.
Por isso, do mal, o menos, certo?
Até quarta!

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