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6 de outubro de 2020

caderneta de cromos # 27

 No final de uma explicação viro-me para um menino do 6º ano de escolaridade e digo-lhe qual é o trabalho de casa.

Ele responde-me.

Mas, Mané, eu preciso de descanso para ver a série...

24 de fevereiro de 2020

caderneta de cromos # 26

No outro dia, um garoto de 12 anos virou-se para mim, muito sério, e disse: 

Oh, a professora é igualzinha à Bárbara da telenovela Nazaré!!!



Não conhecia a senhora-que-deve-ter-idade-para-ser-minha-filha-mas-enfim.
Nunca a tinha visto, nem mais gorda nem mais magra.

É por estas e por outras que amo a minha profissão.
Volta e meia, há comentários destes.

As crianças são incríveis, pá!

(autoestima lá em cima)

Bárbara, ou lá como é que te chamas, antes de mais,  quero que saibas que eu não tenho nada que ver com isto.
A ideia brotou unicamente da cabeça do garoto, sem qualquer tipo de chantagem da minha parte, ok?

Amigas?

17 de janeiro de 2020

caderneta de cromos # 25

No outro dia, vira-se um aluno do 8º ano e pergunta:

Ó Professora, Great Britain é menino ou menina?

18 de outubro de 2019

caderneta de cromos # 24

Aluno do décimo segundo ano, depois de me fazer a vontade e ler um poema que lhe tinha pedido.

Sabe como adormeci?
Não.
A ouvir o poema Tabacaria, de Álvaro de Campos.
Gostaste?? (felicidade extrema)
Não me lembro de nada.

11 de maio de 2018

caderneta de cromos # 23

O Dinis pediu-me para desenhar uma Tartaruga Ninja, no quadro, no final da aula, e eu fi-lo.
Mané, pode ficar, assim, no quadro para sempre? Pode?

8 de maio de 2018

caderneta de cromos # 22

Vira-se um garoto de quatro anos assim para mim.
Mané, és tão parecida com a Xana Toc Toc!
Quem?????
Aos pontos que uma pessoa chega! ;)

5 de abril de 2018

caderneta de cromos # 21

Viro-me para um menino de quatro anos e digo-lhe.
Estás tão bonito, Miguel! Foste ao cabeleireiro cortar o cabelo?
Sim! É para ir às gajas!

3 de abril de 2018

caderneta de cromos # 20

Chego à sala de aula e um menino de três anos agarra-se a mim, abraça-me muito, e diz:
Mané!!!!!!! Tinha tantas saudades tuas!!!!!!!!!
Nisto, uma outra garota faz o mesmo.
Eu também!!!!!!
Grita ela.


*
Nota: Era a primeira vez que a via na vida.

1 de março de 2018

caderneta de cromos # 19

Viro-me eu para um aluno de 4 anos:
What's your favourite animal?
Ao que ele responde:
Vou dar um pum.


E deu.

22 de fevereiro de 2018

caderneta de cromos # 18

Estava numa turma da pré-escola a dar o corpo humano em inglês e pus o vídeo com a música My Teddy Bear has two eyes, two eyes, two eyes. My teddy bear has two eyes. I love my teddy bear!...
Nisto, uma aluna de cinco anos levanta-se, muito séria. Vem ter comigo, fecha os olhos, abraça-me com força e diz.
Mané, és o meu teddy bear!

19 de fevereiro de 2018

4 de fevereiro de 2018

caderneta de cromos # 16

Estava a falar com um aluno de onze anos que não tem notas muito boas. Para o motivar, decidi falar de Einstein, que não era um aluno brilhante, mas que era muito inteligente:
Sabes quem é Einstein?
Sim. É um DJ.

31 de janeiro de 2018

caderneta de cromos # 15

Virei-me para um aluno de 4 anos e disse, num tom mais sério:
David, tens de te portar bem! Não te podes levantar a meio da sala de aula, está bem?
Está bem, minha fofinha!

28 de janeiro de 2018

caderneta de cromos # 14

Vira-se uma aluna de 9 anos assim para mim:
Sabes, Mané, é difícil alguém não gostar de ti.

25 de janeiro de 2018

caderneta de cromos # 13

Um explicando meu veio cá a casa. Pôs-se muito sério a olhar para a Sushi e disse:
Oh, professora! Compra-se uma gata assim, gordinha, ou ela tem de comer mesmo muito?

10 de janeiro de 2018

caderneta de cromos # 12

Vira-se uma aluna de quatro anos, assim, para mim:
Sabes, gosto muito de ti. És muito linda!
Nisto, outra aluna, que estava a prestar atenção à conversa, diz que sim com a cabeça e acrescenta:
E cheiras bem!

3 de junho de 2017

caderneta de cromos # 11

Estava a estudar Português com um garoto de onze anos, do quinto ano, e pedi-lhe que escrevesse uma história, com um mínimo de cento e quarenta e um máximo de duzentas palavras, que tivesse como personagem principal uma estrela-do-mar e que começasse assim:

Era uma vez uma estrela-do-mar que vivia num mar de águas tranquilas. Certo dia, quando veio a maré baixa, ela viu algo que a deixou profundamente curiosa.

E o garoto escreveu isto:

Era um cotonete. A estrela-do-mar pegou no cotonete e trincou-o. Contudo, como não sabia muito bem, enfiou-o pelo nariz adentro. Para seu espanto, funcionou (deu para tirar  todos os estrelacosmulacos*1 do nariz). Então, ela chamou-o de "tiraloures de estrelacosmulacos cósmico".
A notícia espalhou-se rapidamente. Todos queriam comprar o, na nossa língua, cotonete!
- Meus amigos - disse ela - , este cotonete custa 25,22 menos 42,52 euros marinhos, ou seja, 2 euros.
Então, a estrela-do-mar tornou-se logo rica e popular.
Mais tarde, o seu filho, estrela-do-mar-com-tomates inventou o "cotenoto", que servia para limpar o estrelume*2 e ficou também igualmente rico e famoso.
Assim, a família estrela-do-mar e/ ou estrela-do-mar-com-tomates ficou rica, famosa, feliz e limpinha para sempre.
Estrelim*3!

*1 - macacos do nariz da estrela-do-mar e outros animais marinhos
*2 - cerume da estrela-do-mar e outros animais marinhos
*3 - "Fim", em linguagem de estrela

P.S. - Por acaso, o garoto é o meu filho...

23 de maio de 2017

caderneta de cromos # 9

No fim de semana passado, um explicando meu do oitavo ano, que costuma ter explicação ao sábado, precisou de adiar a explicação e, por especial favor, encaixei-o no domingo, às onze horas.
No domingo de manhã, eram ONZE E VINTE e o garoto AINDA não tinha chegado.
Quando a campainha tocou, ÀS ONZE E MEIA, já estava pelos azeites.
JURO!!!!!!!!
Bufava por todos os lados e mais algum, que era domingo, que ia chegar atrasada ao almoço em família, que não podia ser, que isto, que aquilo, que assim, que assado, que era preciso ter lata, que enfim!!!, onde é que já se viu isto????
Então, o garoto chegou com um grande sorriso no rosto. 
Pediu desculpa por chegar atrasado, mas que tinha estado a fazer um bolo para mim.
Trazia na mão um tupperware grande e azul e um bolo quente, acabadinho de fazer.
É nestes instantes que nos sentimos um monstro sem escrúpulos.
Não tenho palavras.
Obrigada, Luís.
Delicioso, por sinal!

1 de maio de 2017