Depois de algumas tentativas inglórias com plantas “normais”,
a criança, finalmente, comprou-me um cato.
Pois.
Um cato.
Todas as outras plantas me morreram nas mãos, não sei
como.
Ou rego demais ou rego de menos.
Talvez seja muita ou pouca luz do sol.
Não sei explicar.
O certo-certo é que é vê-las desaparecer.
Um verdadeiro karma.
Amores, as plantinhas bem que podiam dar sinal, quando
precisassem de água.
Assim como os cães, que ladram, ou os gatos, que miam e se
enroscam nas pernas.
Mas não.
Nunca vi nenhuma planta a ladrar ou a miar, ou a fazer qualquer
tipo de som ou gesto, o que dificulta bastante a compreensão entre
planta-humano.
Aquilo nem jus, nem mus.
Um silêncio desgraçado!
Claro que, depois, há aquelas gajas que dominam toda a
situação; aquelas que fazem tudo bem; cozinham como ninguém; tiram as nódoas
todas da roupa com uma perna às costas; regam plantas no timing certo com a quantidade certa de água; passam a roupa a ferro
de forma exímia e tudo lhes corre bem, felizes-para-sempre-bla-bla-bla... na terra dos lololós encantados...
Sapos, no meio desta tristeza toda, fico contente por a
criança ter percebido que os catos são giros como tudo e conseguem sobreviver
algum tempo comigo.
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