Na sexta-feira à noite, depois do jantar, sentei-me no
sofá com O teu deserto, de Miguel
Sousa Tavares e um punhado de expectativas.
Não era um punhado qualquer, não senhor.
Era um punhado valente cheio de muitas-imensas
expectativas.
Um ror delas.
Nunca, em momento algum, duvidei de que fosse adorar o seu
quase-romance.
Nunca.
Aquele jeito afoito, aliado ao facto de ser filho de quem
é, had me at hello.
Lembram-se da maior desilusão da vossa vida?
Lembram-se?
Então multipliquem-na por 10 e elevem-na ao infinito e têm
o resultado de O teu deserto.
Não quero ser mazinha, mas aqueles minutos foram uma
autêntica perda de tempo!
Só posso dizer que dou graças a Deus por o livro me ter
sido emprestado, ou estaria agora a chorar o meu rico dinheirinho!
Consegui ler até à página 31 e, digo-vos, sinto-me uma sobrevivente!
Para mim, e volto a repetir para que fique bem claro, PARA
MIM, o seu quase-romance completa-se com uma quase-escrita que não diria simples,
mas pobre, superficial, quase medíocre.
Um romance de bolso nada interessante.
Achei pouco.
Tão pouco que o deixei de lado.
Agora, tenho em cima da mesinha-de-cabeceira um livro de
Mia Couto. Vamos lá ver.
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