Geração saltos altos!!!

                Há uns dias atrás, esbarrei literalmente com uma espécie inédita de mini-amostra-Barbie-em-ponto-pequeno (versão protótipo – fase embrionária): muito loira, muito gira, muito fashion, muito cor-de-rosa-algodão-doce (só faltava medir mais de 1,70m e ter mamas para ser confundida com a Marisa Cruz)!! A miúda, TODA pitipiti, teria, sensivelmente, cinco ou seis anos de idade e… saltos altos!!!

FFFFFTT!

REWIND!!

SALTOS ALTOS?!!

Sim, saltos altos.

M-E-D-O!!

            A primeira coisa que me ocorreu assim num espaço de 0,05 nanossegundos foi: queres ver, Maria Manuela, que andas por aí a ver coisas? Achei, juro-vos, que a minha sanidade mental estava ser posta à prova da forma mais dura e cruel que pode existir!!!

I-R-R-E-A-L!!!

            Não sei se sou eu que que sou muito retrógrada, completamente old-school, mas parece-se sinceramente que esta vontade voraz que as miúdas têm de quererem ser como os adultos começa a passar a barreira da normalidade e da sensatez, propriamente dita. E o mais ridículo, no meio disto tudo, é que o poder de compra parte dos pais. Sim, estamos em crer que a pequenada ainda não tem cartão de crédito (já não digo nada!).

                Papás, primeiro, os saltos altos fazem mal à coluna (dahaaahhh!!); segundo, quando as miuditas crescerem e tiverem vinte anos vão andar em cima de quê, de andas? E quando elas quiserem fazer madeixas aos oito e pôr uma tatuagem aos nove (do-género-um-dragão-tailandês-nas-costas), os pais também vão deixar? Vão? Onde está o bom senso?

                Digam-me se estou a ser demasiado melodramática ou retrógrada, à Velho do Restelo, mas esta permissividade toda em tamanho XXL parece-me um cruzar de braços por parte dos pais que estão mais ocupados a mimar os miúdos e a darem-lhes TUDO aquilo que querem em vez de lhes saberem dar educação e dizer um grande e redondo NÃO!! Pontos de vista!