Tal como já disse, ontem, fomos ao teatro em família ver O Pátio das Cantigas, na ADREP, na Palhaça.
Para quem não sabe, este é um grupo de teatro amador que se junta para se divertir e para nos divertir a nós, o público.
São pessoas como eu e tu que se dedicam de corpo e alma a uma causa mais nobre, que é ajudar os outros.
Mesmo com as vidas atarefadas, juntam-se depois do trabalho, já tarde, e dão tudo por tudo para fazer o melhor que sabem.
Claro que, sendo um teatro amador, as nossas expectativas são sempre reduzidas, mais modestas.
E foi o que aconteceu.
Fomos com as expectativas a zero.
E espantámo-nos.
Espantámo-nos verdadeiramente com a qualidade do teatro e com a habilidade de pessoas que conhecemos e que não fazíamos ideia de que fossem tão talentosas.
Esta peça teve a finalidade de ajudar o campo de formação dos escuteiros da Palhaça que ardeu nesta saga terrível dos fogos e que precisa de ser reconstruído.
O nosso papel aqui foi o de tentar ajudar.
Na realidade, sinto-me agradecida pela oportunidade que tive de assistir a um espetáculo tão grandioso que pouco ou nada fica a dever ao teatro profissional.
Apaixonei-me profundamente pelo Narciso e pelo Evaristo, pela Amália ou pela Maria da Graça.
Vibrei ao ouvir o Ó Evaristo, tens cá disto?
Fiquei fascinada com o pátio do Evaristo, com as casinhas coloridas com as florinhas à janela, com os fados ou com o riso do meu filho.
Obrigada, eu!
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