Como isso é raro, aliás, raríssimo em mim, decidi tirar o máximo partido da situação.
Decidi saltar à corda, mas o homem, como arrepanha tudo o que vê à frente, vai daí e roubou-me o raio da corda, sabe-se lá com que intenções.
Telefonei-lhe, irritadíssima e a resposta foi:
Usa um cinto de Judo.
Usa um cinto de Judo????? Usa um sinto de Judo????
Caramba, os homens são uns pragmáticos do caraças.
Uma corda é uma corda e um cinto é um cinto.
São coisas totalmente distintas.
Mas ok.
Quem não tem cão, caça com gato...
Então, fiz três séries de setenta a saltar à corda, perdão, ao cinto.
Descansei meia horita e voltei a repetir as mesmas séries.
Não satisfeita, e como precisava de ir à farmácia, decidi pôr a mochila às costas e toca de ir em passo acelerado/ corrida/ passo acelerado/ corrida até ao centro de Esgueira.
Correu tudo lindamente.
Claro que, quando entrei na farmácia, arfava por todos os poros e mais algum.
Felizmente, como tinha uma carrada de pessoas à minha frente, quando fui atendida, a minha voz soou de forma clara e percetível.
O problema é que, mesmo ao lado da farmácia, temos uma bendita pastelaria.
Mais.
Não é uma pastelaria qualquer.
É a Peixinho.
Eu bem que tentei manter-me ao largo e tal, cheia de boas intenções, portanto... mas não consegui.
Logo ali, mesmo à frente do meu nariz, havia uns quantos éclairs de chantilly (o meu bolo preferido de todos do mundo inteiro), de peito inchado, a desviarem-me do bom caminho.
Claro que lhes chamei um figo.
Entrei na pastelaria, comprometida até às orelhas, ataquei um éclairzito inocente e fiz-me novamente ao asfalto.
Amigos, o meu peso de consciência foi tanto que dei corda aos sapatos e vim a correr até casa disparada que nem uma seta, disposta a remediar a situação de uma forma ou de outra.
A sentir-me um bocadinho culpada.
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