20 de outubro de 2016

leitura em dia # 8

Sapinhos, se vêm cobrar-me a leitura do Catch -22, podem dar meia volta e sair.
Estamos entendidos?
Este ano (letivo), não tenho tido tempo para rigorosamente n-a-d-a.
Acham que estou a exagerar?
Então, venho esfregar-vos na cara os livros que tenho manuseado, feito perdida, só para não pensaram que ando por aqui a laurear a pevide e pouco mais.
São só meia dúzia de páginas de cada vez, mas é tempo que se perde, caramba, não venham cá com histórias.
Este foi o primeiro: A Viúva e o Papagaio.
Claro que fiquei chocada com a biografia mórbida da autora, mas, de resto, gostei do livro.
Sei que toda a gente vai à bola com o raio da viúva, que adorava animais e patati patatá... mas acho que a senhora Gage não era flor que se cheirasse.
Pronto, já disse.
Por amor de Deus, quem-mas-quem é capaz de ficar contente com a morte do próprio irmão?!!
Ou com o incêndio de uma casa?!
Mas tudo bem.
Gostem lá da velha à vontade, só porque ela era manca e viúva e gostava dos animaizinhos todos-e-mais-algum, vá!
Não se acanhem.
Depois, foi Ali Babá e os Quarenta Ladrões, a história que todos conhecemos de cor e salteado, desde que somos meio palmo de gente. Nada a acrescentar.
A seguir, passei os olhos pelo Ulisses, de Maria Alberta Menéres, escritora que eu adoro (amei À Beira do Lago dos Encantos).
Claro que já todos conhecemos a Ilíada de Homero de ginjeira, nem que seja assim por alto ou dos filmes da televisão.
Esta versão deliciosa adaptada a crianças está muito bem concebida e, sobretudo, simplificada. A forma gráfica está original e sugestiva, e os jogos de palavras são fenomenais.
Quanto ao livro Rosa, minha irmã Rosa, da fantástica Alice Vieira, que dispensa apresentações ao mundo-todo-em-peso, acabei agorinha mesmo de o ler e de fazer resumos e perréu-péu-péu pardais ao  ninho.
A história é doce, verosímil e muito profunda.
Mariana é uma menina castiça e curiosa, de apenas 10 anos de idade, que nos dá a conhecer o seu mundo de sonhos e fantasias e medos também, quando a sua irmã Rosa nasce.
É um paradoxo de emoções e sentimentos.
A constante analogia entre o passado e o presente, no que toca à educação, à família e aos valores, à economia e à política, faz-nos reviver o nosso passado e identificarmo-nos, de alguma forma, com a pequena narradora, tão extraordinariamente inquisitiva e humana, sem papas na língua, nem meias medidas.
Mariana faz uso de 1001 comparações inocentes e divertidas que nos levam às lágrimas, de tanto rir.
O final da história é um sossego de alma e fez-me arrepiar da cabeça aos pés.
Imaginem só que, por um mero acaso, eu tivesse chorado um bocadito, coisa pouca, mesmo no final do livro, acham que parecia muito mal?
Amanhã, vou começar a ler o próximo livro da saga Tens-de-ler-o-quanto-antes, Pedro Alecrim
Catch - 22, espera por mim!
Eu sei que ainda nem a meio ia, mas mal tenha um tempinho para respirar, pego logo em ti, ok?
Amigos?

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