9 de agosto de 2015

a minha praia

Amores, tenho-me mantido caladinha sobre o assunto durante estes anos todos.
Tenho ouvido e tenho calado (o que não é assim lá muito habitual na minha pessoinha), MAS já estou com os nervos em franja, pá!
Tudo começou no programa Ídolos, há uns anos atrás; talvez há 5, 6 anos atrás; não ando a contá-los; e a coisa tem tomado proporções torreeiffelianas!
Ora, houve alguém, um dia, uma alma penada, que se lembrou de dizer em direto Esta música é a minha praia e vai daí que, desde então, andamos a falar idolosês a torto e a direito.
É feio, pá!
Feio-mas-feio!
A expressão carioca metaforiana tem invadido a televisão portuguesa de forma assustadora e, embora tenha um cariz altamente informal, tem sido gasta over-and-over-again  em programas televisivos, em horário nobre, enquanto bengala linguística, pois!
Esquecemo-nos de utilizar vocabulário rico e diversificado, adequado à situação em que nos encontramos, e passamos a adotar expressões que em nada enriquecem a nossa língua e que nada têm que ver com a nossa cultura.
É uma limitação gritante dos nossos recursos linguísticos.
Falta-nos vocabulário para uma comunicação conveniente e fluída e A minha praia tem sido chapa 5!
Funciona sempre!
Por que não dizer Esta música adequa-se ao meu gosto musical ou Sinto-me à vontade com este género musical, por exemplo?
Mas não!
Não, preferimos simplificar e usar o que vem à mão.
Escondemo-nos no prontos, no bué, no tipo, no NÃO HÁ MOTIVOS PARA (esta parte-me todinha) e achamos que até sabemos falar.
It is not my cup of tea!

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