Como já devem saber, o nobel da
medicina, este ano, premeia 3 neurocientistas que descobriram uma espécie de “GPS”
da nossa massa cinzenta.
Ou seja, este ardiloso mecanismo interno, que
constitui um sistema de posicionamento no cérebro, permite orientarmo-nos no
espaço e é responsável por não nos perdermos, por exemplo, a caminho dos
brigadeiros da Latina, quando vamos à pastelaria Ramos comer um éclair de chantilly
ou quando vamos comprar um Magnum à pastelaria mais próxima!
Bem vistas as
coisas, eu devia era fazer uma reclamação ao tipo que recebeu apenas 881 000,00
mocas, mais milhar, menos milhar, o O’Keefe, pois as minhas células de
posicionamento do hipocampo-ou-lá-como-se-diz devem andar assim-para-o-avariado.
Ainda no outro dia, fui levar a criança à escola e, não sei como, fui
exatamente para o lado oposto do que supostamente deveria ir (claro que isto
não acontece sempre, mas volta e meia, há ali uma falha qualquer no meu sistema
que me deixa ficar mal e que deveria ser esmiuçada por um especialista
altamente dotado nesta área).
O O’Keefe que me perdoe, mas isto do “GPS” e
posicionamento e pardais ao ninho deve ser treta… Aquilo não funciona assim-assim
a 100%... ou, então, as minhas coordenadas andam completamente descalibradas…
Só pode!!
O O’Keefe
devia era deixar-se de histórias e dar uma espreitadela no meu aparelhómetro,
pois dá-me ideia que já não tem tendência a melhorar (por ser para ele,
cobrava-lhe uns 100 mil euros, só-mas-só para ter o privilégio de contemplar
toda a complexidade que abunda no meu Tom-Tom interno)… Eh! Eh!
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