Segundo as leituras dos satélites, lá, na longínqua e gélida Antártida-polar,
onde é sempre noite no inverno (isto há cada coisa…), atingem-se facilmente…
93,2º Celsius negativos, o que bate, na boa, o recorde da temperatura mais
baixa registada no nosso planetazinha azul!!
A estação russa Vostok tinha ganho
heroicamente (ou não) o anterior recorde mínimo de temperatura da Terra, em
1983: 89,2º Celsius negativos, mas a Antártida não quis ficar para trás e teve
de arranjar maneira de arrefecer ainda mais, desse por onde desse!
A expressão “até os pulmões congelam” (uma expressão gira e literalmente cool, por exemplo, para usar durante o
dia de hoje, com rajadas de vento tão frias que só apetece estar em casa),
neste caso concreto, não é um exagero; é pura realidade. Não se sabe ao certo como
o nosso corpito poderia reagir a estas temperaturas glaciares; sabe-se, sim,
que conseguimos sobreviver, pelo menos, durante 3 minutos seguidinhos a 73
graus negativos (custa-me a acreditar…). A estas temperaturazorras, a
respiração torna-se dolorosa e (preparem-se!!) tem de se ter cuidado redobrado para
que não gele parte da garganta ou dos pulmões quando se inspira (eu gelo da
cabeça aos pés só de imaginar uma coisa destas…).
Bem, Antártida, quanto a ti não sei, mas eu pretendo estar bem longe daí
durante toda a minha existenciazinha, a sofrer devastadoramente com os 10º
Celcius desta manhã, em Aveiro, cheia de luvas até às orelhitas, gorros até aos
olhos, muita lã por todo o lado, 2 pares de meias, 3 camisolas de interior
cardadas, café quentinho e sempre a queixar-me “ai que frio, ai que frio” e com
medo de perder o nariz com o frio, como o outro! Pior que isto não consigo
imaginar, pois metade da minha garganta, provavelmente, já está congelada e, se
falar muito (o que é altamente provável, dada a minha natureza feminina), ainda
me gela 1 pulmão ou 2!
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