A noite foi comprida e com sobressaltos. Para que a
medicação não falhasse, tive de acordar e levantar-me meia-dúzia de vezes. O
certo, não sei bem como, é que acordámos os 3 na mesma cama! O Nuno queixava-se
que lhe roubavam o edredão, o Bernardo não parava de se virar e eu sonhava com
os pães-da-avó quentinhos da pastelaria lá de baixo.
Vesti-me até às orelhas e, apenas com os olhitos de
fora, aventurei-me 200 metros pelo ar gélido e feroz até à pastelaria, pois sou
mesmo corajosa (já vomitava pão de forma pelos olhos)!!
Consegui chegar à pastelaria com as poucas forças que
me restavam e o pão ainda estava morninho. O meu sonho estava quase a
realizar-se! O caminho de regresso custou imenso; sentia todos os músculos do
meu corpito e ainda comecei a imaginar que o meu chefe me podia encontrar pelo
caminho e pensar que andava por ali a laurear a pevide, em vez de estar quase
acamada, como o tinha informado. Mas depois fiquei descansada, com o mau aspeto
que eu tinha ninguém me reconheceria mesmo: lábios gretados; pele pálida e
amarelada, cabelo desgrenhado, olhos esgazeados. Estava safa!
Conclusão: foi o melhor
pequeno-almoço de sempre!
PS- quero agradecer à mamã, pela canjinha de ontem;
estava excelente e tenho a certeza absoluta que ela não leu o pedido de socorro
no meu blog; as mães são mesmo assim!!
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