A jurássica e retrógrada Arábia Saudita
tem uma interpretação ultra-ultra-conservadora e muito própria da lei islâmica,
sendo o único país onde as mulheres não têm o direito de estar ao volante de um
carro. Segundo dizem, faz mal aos ovários! Sim. Repito. Faz mal aos ovários (as
coisas que nós, europeias, descobrimos, assim, de rajada: andamos todos os
dias, por aí, às voltas, de carro, a dar cabo nos nossos ricos ovariozinhos sem
necessidade nenhuma!! se estivesse na América, já processava alguém por isto!!).
MAIS! As mulheres sauditas precisam ainda da autorização de um tutor — pai,
irmão, marido ou outro familiar (com uma pilinha, senão não conta) — para
viajar, trabalhar ou casar.
P-A-T-É-T-I-C-O!!
Uma campanha saudita incitou a que todas
as mulheres daquele país pegassem num volante, no dia 26 de outubro — todavia,
o apelo foi retirado, à última hora, para evitar confrontos com as autoridades.
Esta campanha, que não deixou ninguém indiferente, apostou forte e feio num
vídeo humorístico do saudita Hisham Fageeh, que é uma excelente versão adaptada
da célebre música de Bob Marley, No Woman, no cry transformada, por
um bom motivo, em No Woman, no Drive.
A letra resume-se basicamente a estas
palavritas, no mínimo, caricatas:
"Lembro-me de quando tu te sentavas
no carro, mas atrás/ Com os ovários de boa saúde e em segurança/ Assim, podias
fazer muitos filhos", canta Fageeh, em referência à justificação avançada
por um ministro saudita para esta proibição — conduzir faz mal aos ovários (uma
teoria muito-muito interessante…).
Em 48 horas, este vídeo já foi visto mais
de 3,5 milhões de vezes no YouTube. Por que será? Se quiserem deixar algum
comentariozinho fofo (ou menos fofo) sobre este assunto que nos deixa
indignadas, força!
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