Os últimos dias de férias têm servido
para as corridinhas em família estilo-para-arranca-mamã-quero-dar-te-uma-concha
e para os nossos seríssimos campeonatos de futebol profissional-mas-não-tanto!
O mais preocupante, no meio disto
tudo, é que o puto se tem atirado ao comprido na areia para marcar território do-género-ninguém-toca-na-bola-a-não-ser-eu e vai engolindo, a olhos vistos, toda a areia
que encontra pelo caminho. Até ao momento, meus senhores, posso adiantar que o
pequenote já tem areia na boca, areia no cabelo, areia no nariz, areia nos
olhos, areia no umbigo e areia noutros sítios menos próprios, como hão-de
calcular.
Na condição de mãe responsável,
vejo-me obrigada a deixar aqui um alerta à Guarda Costeira Portuguesa e à Polícia Marítima: as dunas da praia da Barra desapareceram, por completo, nestes
últimos 5 dias, por obra do Bernardo. Uma vez que o miúdo é menor de idade e
não pode ser responsabilizado pelo roubo inadvertido das dunas da praia da
Barra, encontra-se, presentemente, a cumprir trabalho comunitário em casa todos
os dias: faz a cama e põe a mesa, sob vigilância austera.
Se estiverem interessados em reaver
as dunas da praia da Barra, podem vir cá a casa e encontram-nas de certeza: na
banheira, no chão da cozinha, por entre as almofadas do sofá e enfiada à bruta nos
tapetes (a areia da caixa da gata não conta, OK?). Com sorte, se abanarmos bem
o pequerrucho, ainda se consegue recuperar uma duna ou duas.
Senhores banhistas, desculpem lá
qualquer transtorno causado e muito obrigada pela atenção dispensada.
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