Ora bem, deixem-me cá
ver se entendi, a demissão do Gastar foi tão surpreendente como esta
chuvinha-molha-tolos que surgiu hoje de manhã cá por Aveiro, muito
inesperadamente. Certo? Sempre ouvi dizer que o capitão do navio é o último a
abandonar a embarcação. Aqui está-se mesmo a ver que o Gaspar, o rosto propriamente
dito da troika e da austeridade, não quis cá saber do navio para nada (que ele
não é burro) e saltou borda fora, à herói, em jeito SOS como quem “salve-se quem pudeeeeeer!!!!!”.
O ministro de estado e das finanças, completamente
descredibilizado e com um chumbo DAQUELES nas metas do défice, deixou, portanto,
sem qualquer tipo de remorsos, o navio ir ao fundo e depois ainda lá meteu a
Maria Luís Albuquerque (toma lá que é para aprenderes!!), que os portugueses
simplesmente adoram e confiam do fundo do coração, desde o seu envolvimento no
caso dos contratos SWAP. Não está bem. Claro que situações complicadas requerem
soluções difíceis, mas este troca-e-põe-e-muda não é assim muito favorável ao
povo português, pois não?
No final de contas, se analisarmos bem a
coisa com olhos de ver, o nosso governo parece-me a mim que está assim meio que
entre um esgotamento político extremo e uma depressão nervosa pós-demissão de
caixão à cova. Vão por mim, o Gaspar ainda nos vai deixar saudades, afinal de
contas, não podemos esquecer facilmente o homem que deixou como marca de
governação a maior subida de impostos de que Portugal tem memória.
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