A esta
altura do campeonato, é difícil, de facto, escrever o que quer que seja sobre o
Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Nesta data,
assinala-se o adeus a Camões, em 1580, poeta que representa o génio da pátria
na sua verdadeira magnitude. Pessimismos à parte, estou em crer que a morte do
poeta poderá ser uma extensão da própria morte de um Portugal-pai, que
acalentava os sonhos e as ambições dos portugueses e os acolhia e lhes dava de
comer.
Hoje,
Portugal lixa-nos, deixa-nos com uma mão à frente e outra atrás. Choramos
juntos neste dia pelo fim do esplendor literário camoniano e pelo fim do “peito
ilustre lusitano” que se espalha à grande pelo mundo fora, pois a pátria
pôs-nos uns patins, deu-nos um xuto no traseiro e recambiou-nos para um lugar
de destaque da lista europeia dos emigrantes não anónimos.
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